Como é possível chegar à vida propriamente se os
entulhos dificultam enormemente a passagem e as mediações são como
pregas coladas ao corpo, que nem permitem a brisa embalar com seu
frescor?
Parece que temos uma enorme responsabilidade que nos
penetra em todos os poros , fazendo com que tenhamos que planejar tudo ,
desdobramento inevitável para um acerto de medidas, ou seja, é
preciso com precisão, colocar tudo na régua, perguntar com insistência
se cabe, o quanto cabe ou não, enfim, uma mesura que regula os passos, evitando os buracos que carregamos a todo tempo.
O temor a cair
tem passado tão discretamente como tema clínico, que sua única
manifestação sólida tem sido a depressão, lugar difícil, por excesso
de seriedade, onde a vida fica amuada, triste, emudecida, e onde o
sol fica tênue a olhos vistos.
Mas o que a vida tem de tão séria ? O
que nos assusta tanto que contrapomos com a seriedade , como se por ela
tivéssemos melhor capacitados ao imprevisível?
UMA COMOVENTE EPOPEIA SOBRE A FRAGILIDADE E A GRANDEZA HUMANA
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*Resenha do livro “O PODER E A GLÓRIA” de Graham Greene*
Graham Greene é um de meus escritores favoritos, que leio com crescente
admiração. Sempre ter...